Em março de 2020, o Indicador de Clima Económico diminuiu de forma significativa para 1,8 (%, MM3M), o que compara com 2,2 (%, MM3M) registado no mês anterior, após ter estabilizado no mês anterior, retrocedendo para valores próximos dos observados no final de 2016. Esta redução teve uma magnitude semelhante à verificada em abril de 2011.

Entre fevereiro e março de 2020, o Indicador de Confiança dos Serviços registou uma diminuição de 6,5 para 2,7 e o do Comércio diminuiu de 1,5 para 0,2. No mesmo período, a Indústria Transformadora diminuiu de -4,2 para -6,1 e a Construção e Obras Públicas registou um aumento de -7,5 para -6,4.

O Indicador de Confiança dos Consumidores diminuiu para -9,9 (SRE, MM3M), em março de 2020 (-8,1 em fevereiro de 2020), interrompendo o perfil ascendente iniciado em abril e atingindo o valor mínimo desde dezembro de 2016. Não considerando médias móveis de 3 meses, os resultados apurados para o mês de março revelam uma redução significativa deste indicador face ao mês anterior, que constitui a maior redução mensal desde setembro de 2012.

Na Indústria Transformadora, o sre das perspectivas de emprego diminuiu em março, após ter aumentado nos dois meses anteriores, suspendendo o movimento crescente observado entre setembro e novembro.

No sector da Construção e Obras Públicas, o saldo das opiniões sobre as perspectivas de emprego aumentou expressivamente nos três primeiros meses do ano, após o aumento menos intenso verificado em dezembro, atingindo o valor máximo desde março de 2002.

No Comércio, as perspetivas de emprego recuperaram em fevereiro e março, suspendendo o perfil descendente iniciado em julho.

Nos Serviços, o saldo das opiniões sobre a evolução recente do emprego diminuiu em março, após ter aumentado no mês anterior. As perspectivas sobre a evolução futura do emprego também se agravaram, retomando o movimento descendente iniciado em setembro de 2019.

Nota: O período de recolha dos inquéritos qualitativos para o mês de março decorreu de 2 a 13 de março no caso do inquérito aos consumidores e de 1 a 24 de março para os inquéritos às empresas. Embora a informação para o mês de março traduza em certa medida a situação actual determinada pela pandemia Covid19, é de esperar que as tendências analisadas, baseadas em médias móveis de três meses se alterem substancialmente nas próximas divulgações.

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