Data: 12-11-2014
Mês: Novembro
Ano: 2014
No relatório Science, Technology and Industry Outlook 2014, divulgado hoje, a OCDE conclui que o impacto da recessão e do ritmo moderado da retoma na inovação e nas políticas de inovação tem sido considerável. A taxa de 1,6% do investimento bruto em I&D nos países da OCDE entre 2008 e 2013 correspondeu a metade da taxa registada entre 2001 e 2008..
 
A OCDE refere que a China é um dos principais impulsionadores da I&D à escala mundial, tendo duplicado os seus investimentos em I&D entre 2008 e 2012. Por outro lado, a China em conjunto com a Coreia são os principais destinos dos autores científicos dos Estados Unidos da América havendo um ganho de “afluxo de cérebros” entre 1996 e 2011. A Coreia foi o país mais intensivo em I&D em 2012 despendendo 4,36% do PIB, ultrapassando Israel (3,93%), o que compara com a média da OCDE de 2,40%. Os BRIICS produziram cerca de 12% das publicações científicas de alta qualidade em 2013, quase o dobro da percentagem que produzia uma década antes.
 
Os países europeus têm tido evoluções muito díspares, sendo que alguns progridem no sentido do cumprimento das metas de investimento em I&D em relação ao PIB (Dinamarca e Alemanha), enquanto outros têm vindo a afastar-se dessas metas (Portugal e Espanha).
 
Na maioria dos países da OCDE, entre 10% a 20% do investimento em I&D é feita com dinheiro público.
 
Em Portugal, as despesas públicas em I&D em percentagem do PIB estão na mediana da OCDE, estando acima nas 500 universidades de topo e nas publicações científicas. A exploração dos resultados da investigação pública é um entrave dada a pouca tradição de Portugal em ligar a investigação científica com a inovação. Também o financiamento público em I&D para a indústria está entre os mais baixos da OCDE. As despesas em I&D por partes das empresas e o desempenho da inovação estão abaixo da mediana da OCDE, resultado que se deve, segundo a OCDE, ao facto de serem indústrias de baixa-média tecnologia e ao baixo nível de investimento realizado em I&D pelas grandes empresas em comparação com outros países da OCDE. As despesas no ensino superior estão na mediana da OCDE, mas o número de pessoas adultas com ensino superior continua abaixo da OCDE.
 

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                                                                                                                (Gráfico: OCDE)

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