Segundo o Banco de Portugal, nos primeiros dois meses de 2020, o saldo conjunto das balanças corrente e de capital fixou-se em -482 milhões de euros, o que compara com -502 milhões de euros em igual período de 2019.
Para este saldo contribuíram as balanças de bens e de rendimento primário, cujos saldos foram apenas parcialmente compensados pelo saldo das balanças de serviços, de rendimento secundário e de capital.
O défice da balança de bens aumentou 27 milhões de euros face ao período homólogo e o excedente da balança de serviços reduziu 12 milhões de euros.
Até fevereiro, as exportações de bens e serviços cresceram 2,9% (2,9% nos bens e 2,8% nos serviços) e as importações aumentaram 3,0% (2,5% nos bens e 5,2% nos serviços).
O défice da balança de rendimento primário aumentou 129 milhões de euros relativamente ao período homólogo, para -368 milhões de euros. Esta subida foi em grande medida justificada pelo acréscimo dos rendimentos de investimento pagos a entidades não residentes. Por seu turno, o excedente da balança de rendimento secundário subiu 176 milhões de euros, em resultado do aumento das transferências recebidas do exterior e da redução da contribuição financeira paga por Portugal por comparação ao período homólogo.
(Gráficos: Banco de Portugal)
Até fevereiro, o saldo da balança financeira registou uma diminuição dos ativos líquidos de Portugal face ao exterior no valor de 508 milhões de euros. Esta descida resultou do acréscimo de passivos, destacando-se o investimento de não residentes em títulos de dívida pública portuguesa. Em sentido contrário, os bancos aumentaram os ativos sobre entidades não residentes, sobretudo através do investimento em títulos de dívida, e o Banco de Portugal reduziu os passivos junto do Eurosistema.
(Gráfico: Banco de Portugal)
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