A OCDE prevê para Portugal uma diminuição do Produto Interno Bruto (PIB) de 11,3% em 2020, se um segundo surto de pandemia ocorrer no final de 2020 (cenário mais pessimista, de duplo impacto), ao qual se seguirá um crescimento de 4,8% em 2021. Assumindo uma única onda da pandemia (cenário de ocorrência única), o PIB deverá diminuir 9,4% em 2020, com uma recuperação de 6,3% em 2021. Segundo a OCDE, no cenário de duplo impacto, a recuperação será mais lenta devido à fragilidade das exportações, à maior incerteza, a falências adicionais, ao aumento do desemprego e ao adiamento das decisões de investimento.
Em relação à taxa de desemprego, a OCDE prevê que este aumente para 11,6% em 2020, diminuindo em 2021 para 9,6% (no cenário de ocorrência única) ou que aumente para 13,0% em 2020, diminuindo para 11,8% em 2021 (no cenário mais pessimista, de duplo impacto).
Relativamente às Finanças Públicas, para 2021, a OCDE estima que a dívida pública (definição de Maastricht) aumente para 131,4% do PIB se o surto de vírus desaparecer no verão de 2020 (cenário de ocorrência única) ou 137,9% do PIB se houver uma segunda vaga ainda este ano.
(Tabelas: OCDE)
Segundo a OCDE, num cenário de duplo impacto, o PIB deverá contrair 11,5% em 2020 na Zona Euro, recuperando 3,5% em 2021 e a taxa de desemprego deverá situar-se em 10,3%, em 2020, aumentando para 11,0% em 2021.
Num cenário de ocorrência única o PIB deverá cair 9,1% em 2020, aumentando 6,5% em 2021 e a taxa de desemprego deverá situar-se em 9,8%, diminuindo para 9,5% em 2021.
(Tabelas: OCDE)
Com o objetivo identificar os efeitos da pandemia COVID-19 na economia portuguesa, disponibilizamos de forma sintética as principais estimativas para a evolução do Produto Interno Bruto (PIB) já divulgadas.
As previsões de várias instituições para a recessão económica portuguesa, na sequência da crise causada pela pandemia COVID-19, vão de um recuo do Produto Interno Bruto (PIB) de 3,7% no melhor cenário a um recuo de 20,0% no pior cenário.
(Tabela: GEE)
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