Data: 16-06-2020
Mês: Junho
Ano: 2020

O Boletim Económico de junho do Banco de Portugal (BdP) prevê uma redução do Produto Interno Bruto (PIB) em 2020 de 9,5%, revendo em baixa em 3,8 p.p. as previsões publicadas no cenário extremo nas Projeções para a economia portuguesa de março, e prevê um crescimento do PIB em 2021 de 5,2% (revisto em alta em 3,8 p.p.). Para 2022 a previsão passa de 3,4% nas Projecções de março para 3,8%.

O Banco de Portugal prevê o contributo das Exportações para o crescimento do PIB para 2020 em -6,2 p.p. e o contributo da Procura interna em -3,2 p.p..

No que se refere ao Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC), as previsões para 2020 são de 0,1%, tendo este valor sido revisto em alta face às Projecções de março em 0,2 p.p..

A taxa de desemprego em 2020 é revista em baixa (face às Projecções de março) de 11,7% para 10,1%.

Relativamente à Balança Corrente e de Capital (em % do PIB), o valor para 2020 foi revisto em baixa em 1,7 p.p. (de 2,0% em março para 0,3%).

As projeções publicadas são fortemente condicionadas pelo contexto muito adverso gerado pela pandemia COVID-19 na generalidade das economias. A natureza sem precedentes da actual crise — caracterizada pela interacção de choques de oferta e de procura que se reforçam mutuamente — implica que as actuais projeções tenham um grau de incerteza muito superior ao habitual.

 

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(Tabela: Banco de Portugal)

 

Com o objetivo identificar os efeitos da pandemia COVID-19 na economia portuguesa, disponibilizamos de forma sintética as principais estimativas para a evolução do PIB já divulgadas.

As previsões de várias instituições para a recessão económica portuguesa, na sequência da crise causada pela pandemia COVID-19, vão de um recuo do Produto Interno Bruto (PIB) de 4,0% no melhor cenário a um recuo de 20,0% no pior cenário.

 

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