Data: 24-06-2020
Mês: Junho
Ano: 2020

No 1º trimestre de 2020, a capacidade líquida de financiamento da economia portuguesa fixou-se em 0,6% do Produto Interno Bruto (PIB) (ano acabado no trimestre para todos os dados), o que compara com 0,8% no ano acabado no trimestre anterior.

Para esta evolução, contribuiu o aumento da capacidade de financiamento das Famílias para 2,1% (mais 0,5 p.p. do que no trimestre anterior). O sector das Administrações Públicas registou uma variação do financiamento líquido de -0,3 p.p., passando de uma situação de capacidade para uma situação de necessidade de financiamento no ano acabado no 1º trimestre de 2020, relativamente ao ano terminado no trimestre anterior, atingindo -0,1% do PIB. O sector das Sociedades não Financeiras registou um agravamento da necessidade de financiamento no ano terminado no 1º trimestre de 2020 em 0,3 p.p. do PIB para -3,8%. As Sociedades Financeiras registaram uma uma diminuição da capacidade líquida de financiamento de 0,1 p.p., passando de 2,5% para 2,4% do PIB no 1º trimestre de 2020.

Tomando como referência valores trimestrais e não o ano terminado no trimestre, o saldo das AP foi negativo no 1º trimestre de 2020, atingindo -570,9 milhões de euros (-1,1% do PIB, o que compara com 0,1% no trimestre homólogo), observando-se um aumento da despesa total em termos homólogos (4,3%), superior ao aumento da receita total (1,1%).

 

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O Rendimento Nacional Bruto fixou-se em 207.071 milhões de euros, registando uma taxa de variação em cadeia de -0,1%. O Rendimento Disponível Bruto apresentou uma taxa de variação em cadeia de 0,0%, igual à do PIB em 0 p.p., fixando-se em 212.046 milhões de euros.

 

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No 1º trimestre de 2020, o Investimento Bruto da economia portuguesa apresentou uma redução de 0,1 p.p. para 18,9% do PIB e a Poupança Bruta registou uma descida de 0,3 p.p. para 18,6% do PIB, o que levou à diminuição da Capacidade Líquida de Financiamento de Portugal junto do exterior para 0,6% do PIB.

 

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No 1º trimestre de 2020, a variação real e nominal dos custos do trabalho por unidade produzida da economia portuguesa variaram 2,3% e 0,7% (VH, mm4), respetivamente, o que compara com 1,4% e -0,3% (VH, mm4) registados no ano acabado no trimestre anterior.

 

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