No 3º trimestre de 2020, a capacidade líquida de financiamento da economia portuguesa registou um valor aproximadamente nulo (ano acabado no trimestre para todos os dados), o que compara com uma capacidade de financiamento de 0,9% no ano acabado no trimestre anterior.
Para esta evolução, contribuiu o aumento da capacidade de financiamento das Famílias para 4,3% (mais 0,3 p.p. do que no trimestre anterior). O sector das Administrações Públicas registou um aumento da necessidade líquida de financiamento de 2,1 p.p. no ano acabado no 3º trimestre de 2020, relativamente ao ano terminado no trimestre anterior, atingindo -4,0% do PIB. O sector das Sociedades não Financeiras registou um desagravamento da necessidade de financiamento no ano terminado no 3º trimestre de 2020 de 1 p.p. do PIB para -2,2%. As Sociedades Financeiras registaram uma registou uma estabilização da capacidade líquida de financiamento, passando de 1,9% do PIB no 2º trimestre de 2020 para 1,9% do PIB no 3º trimestre de 2020.
Tomando como referência valores trimestrais e não o ano acabado no trimestre, o saldo das AP fixou-se em -3,8% do PIB no 3º trimestre de 2020 (-10,5% no trimestre anterior).
O Rendimento Nacional Bruto fixou-se em 200.916 milhões de euros, registando uma taxa de variação em cadeia de -0,8%. Esta variação deveu-se ao aumento de 1,1% dos rendimentos primários recebidos com o exterior, enquanto os rendimentos primários pagos apresentaram uma taxa de variação em cadeia de -4,9%. O Rendimento Disponível Bruto apresentou igualmente uma taxa de variação em cadeia de -0,9%, superior à do PIB em 0,2 p.p., fixando-se em 205.488 milhões de euros.
No 3º trimestre de 2020, o Investimento Bruto da economia portuguesa apresentou uma redução de 0,1 p.p. para 19,2% do PIB e a Poupança Bruta registou uma descida de 0,9 p.p. para 18,0% do PIB, o que levou à variação do Financiamento de Portugal junto do exterior para 0% do PIB, passando de uma situação de capacidade de financiamento para uma situação de equilíbrio.
No 3º trimestre de 2020, a variação real e nominal dos custos do trabalho por unidade produzida da economia portuguesa variaram 7,1% e 4,6% (VH, mm4), respetivamente, o que compara com 5,9% e 3,5% (VH, mm4) registados no ano acabado no trimestre anterior.
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