Segundo o Banco de Portugal, em janeiro de 2021, o saldo conjunto das balanças corrente e de capital fixou-se em 17 milhões de euros, o que compara com 114 milhões de euros em igual período de 2020.
Os excedentes observados nas balanças de serviços, rendimento secundário e de capital superaram os défices da balança de bens e de rendimento primário.
O défice da balança comercial aumentou, uma vez que a redução do défice da balança de bens face ao período homólogo, no montante de 558 milhões de euros, foi mais do que compensada pela diminuição do excedente da balança de serviços, em 614 milhões de euros. Deste último montante, 467 milhões de euros resultaram da rubrica de viagens e turismo.
Em janeiro, as exportações de bens e serviços diminuíram 20,9% (9,3% nos bens e 44,1% nos serviços) e as importações diminuíram 19,5% (16,3% nos bens e 33% nos serviços).
O défice da balança de rendimento primário reduziu-se em 132 milhões de euros relativamente ao período homólogo, para 56 milhões de euros. A diminuição do défice foi, em grande medida, justificada por um aumento dos rendimentos recebidos do exterior. Por seu turno, o excedente da balança de rendimento secundário diminuiu 217 milhões de euros, para 53 milhões de euros, sobretudo em resultado de um menor recebimento de transferências correntes diversas.
(Gráficos: Banco de Portugal)
Em janeiro, o saldo da balança financeira registou uma diminuição dos ativos líquidos de Portugal face ao exterior no valor de 260 milhões de euros (Gráfico 4). Esta descida decorreu de um aumento de passivos, destacando-se o investimento de não residentes em títulos de dívida pública portuguesa. Em sentido contrário, observou-se um aumento de ativos, através dos depósitos dos bancos residentes junto do exterior.
(Gráfico: Banco de Portugal)
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