Data: 25-03-2021
Mês: Março
Ano: 2021

O Banco de Portugal divulga ontem informação estatística mensal sobre os empréstimos abrangidos por moratórias para o período de março de 2020 a janeiro de 2021.

De acordo com o Banco de Portugal, no final de janeiro de 2021, 54 mil sociedades não financeiras tinham empréstimos em moratória, no montante global de 24 mil milhões de euros (33,2% do total de empréstimos obtidos pelas sociedades não financeiras junto de instituições financeiras). As empresas de alojamento e restauração eram as que mais se destacavam, com 57% do montante dos seus empréstimos abrangidos por esta medida. Nos sectores mais vulneráveis, 8,4 mil milhões de euros estavam em suspensão de pagamento, o que representava 34,4% do total de empréstimos das sociedades não financeiras em moratória.

Dos empréstimos a particulares 16,1% estão em moratória, no montante global de 20 mil milhões de euros, 86% dos quais correspondiam a empréstimos para habitação. Uma análise do número de devedores mostra que 8,8% dos particulares tinha, pelo menos, um contrato abrangido por moratória. O montante de empréstimos à habitação sob moratória privada era de 3,7 mil milhões de euros.

O maior aumento na adesão às moratórias foi registado em abril de 2020, o mês seguinte à introdução desta medida. O montante máximo de 48,1 mil milhões de euros foi atingido em setembro de 2020. Desde então, manteve-se uma tendência decrescente, para a qual contribui o término de algumas moratórias privadas.

No final de janeiro de 2021, 45,7 mil milhões de euros em empréstimos estavam abrangidos por moratórias, menos 0,5 mil milhões que em dezembro. Esta redução foi transversal à generalidade dos sectores e finalidades, com exceção dos empréstimos concedidos a particulares para habitação e dos empréstimos às sociedades não financeiras do sector do alojamento e restauração, em que se registaram aumentos no recurso às moratórias de 71 e 38 milhões de euros, respetivamente.

Durante o mês de janeiro registou-se um aumento de 0,5 mil milhões de euros de novos empréstimos em moratória enquanto 0,9 mil milhões de euros deixaram de estar abrangidos por este regime.

 

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(Gráficos: Banco de Portugal)

 

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