Data: 26-09-2022
Mês: Setembro
Ano: 2022

Segundo o Interim Economic Outlook divulgado hoje e cujo título é "Paying the price of war", a perspetiva de crescimento global é de 3,0% para 2022 e 2,2% para 2023 (revista em baixa em 0,6 p.p. para 2023, relativamente ao Economic Outlook de junho de 2022).

A OCDE estima um crescimento para a Zona Euro de 3,1% em 2022 e 0,3% em 2023 (revisão em alta em 0,5 p.p. para 2022 e em baixa em 1,3 p.p. para 2023, relativamente ao Outlook de junho de 2022), contemplando riscos de decréscimo do PIB em algumas economias europeias durante os meses de inverno.

Para os EUA, a OCDE estima um crescimento de 1,5% em 2022 e 0,5% em 2023. Prevê um crescimento da China de 3,2% em 2022, entre paralisações devido à Covid-19 e fragilidades do mercado imobiliário, no entanto os apoios públicos poderão ajudar a recuperação do crescimento para 4,7% em 2023.

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(Tabela: OCDE)

Políticas monetárias mais restritivas e o alívio da disrupção nas cadeias de valor deverão moderar as pressões inflacionistas no próximo ano, no entanto o preço elevado da energia e o maior custo do trabalho contribuirão possivelmente para a diminuição do ritmo do declínio da inflação.

A OCDE prevê que a inflação das economias G20 diminua de 8,2% em 2022 para 6,6% em 2023. Para a Zona Euro estima uma diminuição da inflação de 8,1% em 2022 para 6,2% em 2023. 

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(Tabela: OCDE)

Esta instituição alerta para a incerteza significativa envolta nas projeções. Uma escassez de combustíveis mais severa, especialmente do gás, pode reduzir o crescimento da Europa mais 1,25 p.p. em 2023, diminuindo o crescimento global em mais de 0,5 p.p., e aumentando a inflação em 1,5 p.p. na Europa.

A organização recomenda adicionais aumentos das taxas de juros nas principais economias a fim de ancorar a expectativas de inflação e garantir que as pressões inflacionistas sejam reduzidas por um longo-prazo. Recomenda ainda, apoios públicos com vista a atenuar o impacto nas famílias e empresas do aumento do custo da energia. No entanto, considera que estes apoios devem ser temporários, concentrados nos mais vulneráveis, preservem os incentivos para reduzir o consumo de energia e retirados assim que as pressões no preço da energia diminuam. 

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