O Conselho de Finanças Públicas (CFP) publicou hoje o relatório “Perspetivas Económicas e Orçamentais 2020-2022”. De acordo com a instituição, perante o actual contexto de elevada incerteza e riscos inerentes, o CFP optou por apresentar dois cenários, um cenário base e um cenário severo, tendo em conta o impacto estimado na economia das medidas de confinamento e das medidas de política económica e orçamental.
O cenário base antecipa uma contração do produto em 2020 de 7,5%, enquanto no cenário severo a redução é de 11,8%.
Para 2020, o CFP estima que o contributo para o crescimento do PIB das Exportações líquidas será de -1,0 p.p. (-1,1 p.p. no cenário adverso) e o contributo da Procura interna será -6,6 p.p. (-10,7 p.p. no cenário adverso).
As projecções da taxa de desemprego do CFP apontam para 11,0% no cenário base e 13,1% no cenário adverso, em 2020.
Relativamente ao saldo orçamental, o CFP estima que este registe -6,5% em 2020, -3,3% em 2021 e -3,1% em 2022 (-9,3% em 2020, -4,7% em 2021 e -4,2% em 2022 no cenário adverso). Quanto à dívida pública, o CFP estima que esta registe 133,1% do PIB em 2020, 131,4% do PIB em 2021 e 129,8% em 2022 (141,8% em 2020, 139,0% em 2021 e 137,6% em 2022 no cenário adverso).
(Tabelas: CFP)
Com o objetivo identificar os efeitos da pandemia COVID-19 na economia portuguesa, disponibilizamos de forma sintética as principais estimativas para a evolução do Produto Interno Bruto (PIB) já divulgadas.
As previsões de várias instituições para a recessão económica portuguesa, na sequência da crise causada pela pandemia COVID-19, vão de um recuo do Produto Interno Bruto (PIB) de 3,7% no melhor cenário a um recuo de 20,0% no pior cenário.
(Tabela: GEE)
Documento PDF